domingo, 15 de julho de 2012

Só conseguimos dimensionar o quanto perdemos de felicidade e amor em nossas vidas quando alguém proporciona-os em doses tamanhas que todo o resto parece insignificante e totalmente esquecível. O tempo altera o jeito de sentir.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Sessão de autógrafos


Hoje meus alunos do 1º ano lançaram seu livro digital "Você Troca?" na Feira do Livro de Novo Hamburgo com uma linda Sessão de Autógrafos. Foi lindo!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

"Hoje eu vou lá pra Novo Hamburgo": pertencimentos e territorialidades

http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/32046

Acima está o link onde já pode ser acessada a versão on-line do meu Trabalho de Conclusão de Curso (2011-1).
Espero que apreciem este Trabalho que foi apaixonante!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Frida e eu

''Pinto a mim mesmo porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.''
Frida Kahlo


"Escrevo a mim e sobre mim porque sou sozinha. E porque sou o assunto que conheço melhor."
Deise

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

identidade

“A vida é um traçado irregular de memórias no tempo. Quero que, como inventário do vivido, meu corpo tenha as marcas de todas as histórias que fizeram de mim o que sou. E, se meus netos e bisnetos forem me contar, espero que jamais cheguem a qualquer conclusão fechada sobre a minha identidade. Esta seria a maior prova de que vivi”.

http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2011/08/prisao-da-identidade.html

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Como terminar um TCC

Será que existe coisa mais cruel que encerrar, em palavras, um trabalho ao qual foi dedicado muito tempo, estudo e dor de cabeça? Eu simplesmente não conseguia terminar com os meus pensamentos. Não encontrava uma forma ideal de encerrá-los.
Fui procurar na literatura... Sim, nos meus livros de poesia. Galeano, Barros...
E achei. E terminei.

“Eu não amava que botassem data na minha existência. A gente usava
mais era encher o tempo. Nossa data maior era o quando. O quando
mandava em nós. A gente era o que quisesse ser só usando esse
advérbio. Assim, por exemplo: tem hora que eu sou quando uma árvore
e podia apreciar melhor os passarinhos. Ou: tem hora que eu sou
quando uma pedra. E sendo uma pedra eu posso conviver com os
lagartos e os musgos. Assim: tem hora que eu sou quando um rio. E as
garças me beijam e me abençoam. Essa era uma teoria que a gente
inventava nas tardes. Hoje eu estou quando infante. Eu resolvi voltar
quando infante por um gosto de voltar. Como quem aprecia de ir às
origens de uma coisa ou de um ser. [...].”

Manoel de Barros

Os indignados da Europa - por Juremir Machado da Silva

Estou em Paris.
Hoje, 21 de junho, começa o verão.
E tem a festa da música em toda a França.
Paris vai virar a noite cantando, dançando e tocando.
Mas é dia também de greve de trem.
Greve do RER, o trem que liga Paris com a sua periferia.
Os europeus continuam os mesmos.
Seres bizarros.
Eles cultivam uma estranha mania.
Mania que tem mostrado seus dentes na Grécia e na Espanha.
A mania dos indignados.
Esses seres bizarros entendem que o Estado deve servir a sociedade inteira.
Defendem que o bolo social deve ser dividido de maneira a que não existam pessoas de segunda classe.
Os indignados da Espanha bateram numa tecla: para que democracia se são os banqueiros que governam?
Os portugueses vão pelo mesmo caminho.
A França está a um milímetro da explorão de ira.
Contra o que todos se indignam?
Contra um estranho socialismo que distribui o dinheiro de todo mundo para salvar bancos.
Contra a socialização do desastre da especulação financeira.
Contra a privatização dos impostos em benefício dos banqueiros que produziram uma crise mundial.
Malucos esses europeus.
Protestam, acampam nas praças, manifestam-se, não engolem a ideia de que devem apertar os cintos para corrigir os erros das elites financeiras que não param de soltar o cinto para abrigar o crescimento da barriga.
Bizarros esses europeus.
Querem uma sociedade mais justa.
Não aceitem que os geradores da crise ditem as regras para a sua superação.
Se fosse no Brasil, seriam destruídos com risinhos debochados e matérias zombeteiras da moderníssima Veja.
Por aqui, a mídia é cobrada. Exige-se que ela se ponha da lado da sociedade.
Nesse ritmo, a velha Europa ainda vai levar alguns séculos para nos alcançar.
Imaginem que o ex-presidente da França, Jacques Chirac, está sendo processado por corrupção e pode pegar dez anos de cadeia. Que desrespeito!
Uma cidade com uma entrada de metrô em cada canto nunca terá uma elite superior como a paulistana.
Jamais terá a fineza do pessoal de Higienópolis, que acha metrô bom para pobre.
Essa Europa é mesmo um atraso.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

a chuva

A chuva deve ter algum significado especial em minha vida...
Nos dias em que acordo com alguma sensação ruim, corro para janela mais próxima para verificar se está chovendo ou se existe ameaça de chuva. Por alguma dessas coincidências da vida, todos os meus próximos que partiram, o fizeram em dias nublados, frios e chuvosos. No outono, na primavera e no inverno - não importa! - todos se foram em circunstâncias climáticas idênticas. É chegar em casa e trocar as roupas molhadas, ainda fedidas a flores de velório e velas fúnebres. O banho é fundamental, pois o frio e a roupa molhada não são uma boa combinação. Também é bom para tirar aquela camada de energia negativa de um ambiente de morte.
Até já sei ritual. É sempre igual.


Deise

com amor...


Deise

a MORTE e a MATEMÁTICA

Ontem pensei que a morte deveria fazer matemática. Deveria ser sua especialidade, pois a morte não faz conta. Por que levar X pessoas queridas de alguém em determinado tempo, enquanto outros não perdem uma pessoa? Por que uma pessoa deve chorar tantas vezes e outros nunca choraram?

A morte também não calcula o tempo de vida. Já ouvi alguém dizer que deveria ser proibido, nas leis da vida, um pai ou uma mãe enterrar um filho, uma vez que seria contra a ordem cronológica dos fatos: os mais velhos se vão primeiro.

A morte não faz associações lógicas. Só poderia chorar uma morte aquele que já estivesse curado da dor anterior. Quem chora a morte do próximo sem as feridas cicatrizadas, simplesmente as faz sangrar novamente, como no princípio.

A morte não considera o tamanho da dor. Deveria ser calculado o tempo necessário para se dar o adeus àqueles que mais amamos. Não é justo que se perca muitos amores num curto espaço de tempo. A dor precisa de tempo.

A morte não sabe dividir: a dor deveria ser igualmente dividida entre as pessoas. Que cálculo é esse que multiplica a dor de alguns e não a divide com os outros?

A vida e a morte não são calculáveis. A dor de alguém não pode ser medida por não ter tamanho, muito menos um prazo de validade...
Mesmo assim, a morte deveria ser mais justa nas suas escolhas.
E dividiríamos a dor e a saudade daqueles que partiram.


Deise