domingo, 11 de outubro de 2009

Adaptação


Ontem conversávamos sobre tudo. Tudo mesmo. E uma amiga sintetizou perfeitamente: é da condição humana apadtar-se a diferentes situações de vida. A única coisa que consegui lhe responder foi o seguinte: preciso escrever sobre isso.
Naquele momento comecei a pensar sobre todas as situações difíceis que já enfrentei na vida. Eu volto para aqueles momentos e não consigo compreender como superei. Me re-adaptei. São como nossas "crises paradigmáticas", nossas transições teóricas, nosso estar sem chão por algum tempo. É preciso construir novas bases que nos guiem, que nos orientem. Inconstância, incerteza e dúvida fazem parte desse processo. E certo tempo depois, quando surpreendetemente nos pegamos pensando e vendo de determinada forma, é que se pergunta: como consegui deixar aquilo e carregar isso?
Um dia eu só conseguia viver daquela forma; um dia eu só conseguia escrever meus trabalhos e pensar teoricamente sob determinado ponto de vista. As mudanças de vida, de ambiente, de pessoas, são as possibilidades de mudança, porque somos e nos fazemos em constante contrução. Nesse momento, as questões de minha vida se misturam com processos sofridos durante minha Faculdade.
Adapatar-se nada mais é que elaborar um novo paradigma. Eu não canso de reconstruir o meu.
Essa construção é permeada por descoberta, novos olhares, desfazer-se, largar, enterrar, rever. E assim me adapto a uma nova forma de vida, a uma nova rotina, a novas relações... simplesmente por ser da minha condição.

Deise

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