
Hoje tudo é rápido. E todos têm muita pressa. Às vezes, confesso, me sinto perdida. Extremamente fora de ritmo. Nunca tive aptidão para danças, apesar de sonhar com o dia que saiba executar qualquer passo mínimo de dança latina (tango, especialmente). No meu dia-a-dia, não demonstro coordenação em muitas coisas, inclusive tenho costume de tropeçar em meus próprios pés. Sou "viajona", como me defino: tenho mania de sair de mim no meio da multidão. Qualquer marca nas pessoas (roupa, mochila, um brinco, uma forma de vestir, de falar, de sorrir, de sentar...) é motivo para que eu saia daqui e vá para lá.
Me incomoda profundamente quando vejo que ter pressa, necessariamente, é algo óbvio. É preciso integrar-se à lógica de um mundo ordinário onde tudo anda loucamente. Corre-se contra o tempo, contra o cotidiano, contra o relógio, contra o dia, contra a noite. Basta ficar atenta às pessoas: até nos domingos todos parecem ter pressa de alguma coisa. Há pressa na busca da felicidade, na busca do amor, na busca do sucesso...É uma pressa de tudo!
Busco sempre cultivar essa minha lerdeza, já que possuo dentro de mim uma necessidade de ser devagar. Enquanto todos falam muito, fazem muito, dizem muito, correm muito, eu ainda estou aqui, terminando meu pouco. Costurando minhas idéias num ritmo de bordado de vó. Às vezes fico tão lenta, que a Terra quase pára. Nessas horas, encontro-me tão intimamente ligada a mim, que parece que tudo parou e o Mundo é todo meu e só meu. Meus pensamentos são os únicos protagonistas do momento... talvez seja apenas egocentrismo, mas não sei.
Hoje essa característica é algo extremamente ruim: não ter todas respostas prontas, pensar e sentir com prazer, sentar por horas no mesmo lugar, observar o ritmo da natureza, ver todas pessoas do mundo, achar graça de tolices. Old fashioned.
Meu corpo é assim, na velocidade das tartarugas.
Acho que é justamente no andar devagar que reside o prazer.
Deise
Me incomoda profundamente quando vejo que ter pressa, necessariamente, é algo óbvio. É preciso integrar-se à lógica de um mundo ordinário onde tudo anda loucamente. Corre-se contra o tempo, contra o cotidiano, contra o relógio, contra o dia, contra a noite. Basta ficar atenta às pessoas: até nos domingos todos parecem ter pressa de alguma coisa. Há pressa na busca da felicidade, na busca do amor, na busca do sucesso...É uma pressa de tudo!
Busco sempre cultivar essa minha lerdeza, já que possuo dentro de mim uma necessidade de ser devagar. Enquanto todos falam muito, fazem muito, dizem muito, correm muito, eu ainda estou aqui, terminando meu pouco. Costurando minhas idéias num ritmo de bordado de vó. Às vezes fico tão lenta, que a Terra quase pára. Nessas horas, encontro-me tão intimamente ligada a mim, que parece que tudo parou e o Mundo é todo meu e só meu. Meus pensamentos são os únicos protagonistas do momento... talvez seja apenas egocentrismo, mas não sei.
Hoje essa característica é algo extremamente ruim: não ter todas respostas prontas, pensar e sentir com prazer, sentar por horas no mesmo lugar, observar o ritmo da natureza, ver todas pessoas do mundo, achar graça de tolices. Old fashioned.
Meu corpo é assim, na velocidade das tartarugas.
Acho que é justamente no andar devagar que reside o prazer.
Deise
brilhante :)
ResponderExcluire faz o favor de nao jogar nada do que tu escreve fora, porque se tu nao escrever um livro eu o escrevo..hehehe
Alice, que bom que tu gostou. Pode deixar... quase tudo que tenho escrito é direto no blog.
ResponderExcluirhehehe
enfim. acabou o egoísmo e a gente pode desfrutar de coisas como essas. emocionante!!!
ResponderExcluiroh Cléo... não é egoísmo! Pura timidez... hehe
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