domingo, 6 de dezembro de 2009

Grêmio, me perdoe!


Hoje foi um domingo incomum aos amantes do futebol, especialmente para aqueles inseridos no contexto da rivalidade GRE-nal. A semana passou e as discussões sobre a última rodada do campeonato brasileiro foram intensas: ética no futebol (entregar jogo, jogar com reservas, prejudicar o Internacional); história do GRE-nal (como explicar que uma vitória do Grêmio - que não disputava absolutamente nada - poderia dar um título ao maior rival?); explicações conceituais a respeito da fórmula do campeonato brasileiro (se o time X necessita de resultados paralelos para se consagrar campeão, o time Y não tem "poder" de "tirar" ou "dar" título, uma vez que time X é único responsável por suas pontuações e campanha).
Pela primeira vez em minha vida, comemorei gol contra o Grêmio como título. O segundo gol do Flamengo foi uma onda de euforia que apenas fanáticos por futebol compreendem: eu, mãe, Sophia e Chica pulando de alegria e alívio (enquanto o Inter vencia seu jogo). Meu pobre e solitário cunhado sofreu até os 48 minutos do segundo tempo, confiando que os meninos do Grêmio fariam um golzinho que salvaria o magro centenário de seu time.
Um domingo que lembrarei e contarei aos meus filhos e filhas gremistas... explicando porque torci como torci. Porque todos nós torcemos de formas tão inexplicáveis: colorados comemorando mais o gol do Grêmio do que os próprios gols; colorados torcendo pela vitória do Grêmio; gremistas torcendo pela derrota do Grêmio e do Inter; gremistas torcendo pelo Flamengo; colorados e paulistas unidos pela vitória do Grêmio; o Brasil do futebol focado na postura do Grêmio e seus dilemas na última rodada desse Campeonato emocionante.
Grêmio, me perdoe!

Deise

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