Quando crescemos um pouco, aprendemos certas "lições" com a vida. Muitas vezes, coisas que já vimos em filmes, em novelas, na própria família, nas relações de amigos. Sentir a dor na própria pele, vivê-la nas piores circunstâncias possíveis, é uma experiência que de fato nos ensina. Permite o desligamento de um certo egocentrismo adolescente, uma valorização do que parecia desnecessário.
Um dia, simplesmente percebi que as pessoa amam e demonstram seu amor de formas muito distintas. Fiz essa descoberta principalmente através de tudo que aprendi a meu respeito: definitivamente, eu não amo as coisas que a maioria das pessoas ama; não valorizo, nas coisas, nas pessoas, no mundo, tudo aquilo que geralmente se valoriza; minhas prioridades de vida, de uma forma muito sutil, são uma manifestação radical de tudo que amo com uma intensidade feroz; eu não sei amar uma pessoa, entregando minha vida e definindo-a como prioridade, porque amo muitas pessoas e tenho um desejo latejante de descobrir formas de amar cada uma dessas pessoas em suas particularidades, em seus defeitos, em suas manias, em suas fraquezas.
Anotei essas coisas enquanto pensava na história da menina Emília:
Emília nunca entendera a forma que aquele homem amava. Ele era triste, sombrio, pouco falava, era grosseiro, possuía uma capacidade inconfundível de afastar as pessoas que desejavam mostrar carinho. Tinha apenas uma certeza: ele certamente não a amava.
Hoje Emília é gente grande e esse homem já morreu há muito tempo. E só hoje, bebendo um copo de água gelada e observando as árvores verdes nesse dia absurdamente quente, é que Emília finalmente descobriu que aquele homem a amava e queria, muito, o seu amor: mesmo nas noites de verão, quando fazia um calor como o de hoje, ele pedia que ela fosse até seu quarto para cobrí-lo. Aquele ato era quase um abraço, era a demonstração máxima de carinho e aproximação que existia entre os dois. No inverno a tarefa era mais complicada, pois além do edredom, havia o cobertor térmico e o necessário cuidado para que nenhum pé ficasse de fora na noite fria. E essa foi uma história de amor.
Hoje, o amor é de verdade quando demonstrado com beijos, abraços, rosas vermelhas, presentes caros, palavras de amor, cartões comprados no mercado da esquina, fotos "romanticamente" fraudadas. Definitivamente, amar é querer que Emília te aqueça com cobertores numa noite de inverno, é saber que o amor existe para muito além do que se vende enquanto amor.
Amar é compreender o limite que cada um de nós têm para o próprio amor;
Amar é algo que se entende devagar;
Amar é uma filosofia, é uma entrega apaixonada à vida;
Amar é aprender que amar e ser amado é difícil. E muito violento.
Um dia, simplesmente percebi que as pessoa amam e demonstram seu amor de formas muito distintas. Fiz essa descoberta principalmente através de tudo que aprendi a meu respeito: definitivamente, eu não amo as coisas que a maioria das pessoas ama; não valorizo, nas coisas, nas pessoas, no mundo, tudo aquilo que geralmente se valoriza; minhas prioridades de vida, de uma forma muito sutil, são uma manifestação radical de tudo que amo com uma intensidade feroz; eu não sei amar uma pessoa, entregando minha vida e definindo-a como prioridade, porque amo muitas pessoas e tenho um desejo latejante de descobrir formas de amar cada uma dessas pessoas em suas particularidades, em seus defeitos, em suas manias, em suas fraquezas.
Anotei essas coisas enquanto pensava na história da menina Emília:
Emília nunca entendera a forma que aquele homem amava. Ele era triste, sombrio, pouco falava, era grosseiro, possuía uma capacidade inconfundível de afastar as pessoas que desejavam mostrar carinho. Tinha apenas uma certeza: ele certamente não a amava.
Hoje Emília é gente grande e esse homem já morreu há muito tempo. E só hoje, bebendo um copo de água gelada e observando as árvores verdes nesse dia absurdamente quente, é que Emília finalmente descobriu que aquele homem a amava e queria, muito, o seu amor: mesmo nas noites de verão, quando fazia um calor como o de hoje, ele pedia que ela fosse até seu quarto para cobrí-lo. Aquele ato era quase um abraço, era a demonstração máxima de carinho e aproximação que existia entre os dois. No inverno a tarefa era mais complicada, pois além do edredom, havia o cobertor térmico e o necessário cuidado para que nenhum pé ficasse de fora na noite fria. E essa foi uma história de amor.
Hoje, o amor é de verdade quando demonstrado com beijos, abraços, rosas vermelhas, presentes caros, palavras de amor, cartões comprados no mercado da esquina, fotos "romanticamente" fraudadas. Definitivamente, amar é querer que Emília te aqueça com cobertores numa noite de inverno, é saber que o amor existe para muito além do que se vende enquanto amor.
Amar é compreender o limite que cada um de nós têm para o próprio amor;
Amar é algo que se entende devagar;
Amar é uma filosofia, é uma entrega apaixonada à vida;
Amar é aprender que amar e ser amado é difícil. E muito violento.
Deise
Esse teu texto toca fundo mesmo!
ResponderExcluirMuito lindo!
Beijo Deisinha, te adoro Prima*
Valeu, Géssica!
ResponderExcluirPoucos compreendem como tu!
Beijão!