terça-feira, 17 de agosto de 2010

sobre o que levamos

Hoje estava pensando em como estou nesse momento. E lembrei de todos que carrego comigo... diariamente. House é dono de uma frase marcante: people don't change. Talvez em sua essência, realmente não possa existir uma mudança. Não sei. Essa frase me incomoda, especialmente neste momento em que me sinto tão mudada. Quem sabe "mudada" não seja o termo adequado. Influenciada. Realmente não sei. Simplesmente, sei que vivo um momento diferente do anterior. Agora, saber se estou mudada, "outra", diferente, já não sei... apenas sei que cada vez mais sinto-me porosa, aberta às pessoas que me cercam ou que um dia fizeram parte disso tudo.
Hoje olhei pra minha vida e lembrei de cada um que carrego em mim, da maneira que me fez enxergar a loucura do mundo de um novo jeito... das descobertas, dos prazeres, das tristezas, dos amores. Daqueles que deixaram em mim as marcas de quem me criticou, me corrigiu, me amou, me admirou. Vejo em mim os segundos e os centímetros de cada um desses amores. Nas situações mais banais e nas mais intensas, recorro ao jeito X de fazer, de resolver, de falar, de amar... Vou enxergando as coisas com olhos de... Pensando a vida com idéias de... Eu me misturo àquilo que um dia me fez tão bem. Não mudada, mas intensamente permeada de vida.
Eu sou todos aqueles que amei num só segundo.
Deise

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